Movimento Nacional das Doenças Negligenciadas e Rede Universitária de Combate à Hanseníase apresentam trabalho acadêmico no 18° Congresso Brasileiro de Hansenologia e reforçam a luta no Janeiro Roxo
📍 Salvador/BA, 2024 – Uma conquista para a saúde pública!
O Movimento Nacional das Doenças Negligenciadas (MNDN), em parceria com a Rede Universitária de Combate à Hanseníase, marcou presença no 18° Congresso Brasileiro de Hansenologia com a apresentação de seu primeiro trabalho acadêmico. Este marco representa uma contribuição significativa na luta contra a hanseníase e um alerta para os desafios enfrentados por pacientes em todo o país.

O trabalho, intitulado “Frequência e Impacto da Falta de Medicamentos para o Tratamento da Hanseníase em Municípios de Mato Grosso (2023-2024)”, foi elaborado por Closeny Maria Soares Modesto, Winston Carlos da Silva e João Victor Pacheco Fos Kersul de Carvalho. Ele denuncia a escassez de medicamentos como Ofloxacino, Rifampicina e Minociclina em municípios como Várzea Grande, Chapada dos Guimarães e Barra do Garças, e destaca os impactos críticos dessa falta para a saúde dos pacientes.

A presença da comitiva do Movimento Nacional das Doenças Negligenciadas
O evento contou com a presença da comitiva do Movimento Nacional das Doenças Negligenciadas, formada por Gisele da Silva Oliveira, Closeny Soares Modesto e outros representantes que desempenham um papel essencial na luta contra doenças negligenciadas.
A participação da comitiva no Congresso reforça a atuação do MNDN em eventos nacionais, consolidando sua voz e presença na defesa da saúde pública. Além disso, a parceria com a Rede Universitária de Combate à Hanseníase foi fundamental para que a pesquisa acadêmica apresentada trouxesse resultados robustos e dados críticos à tona.

A força da parceria
O trabalho apresentado é fruto da colaboração entre o MNDN e a Rede Universitária de Combate à Hanseníase, consolidando um esforço conjunto para fortalecer a luta contra a hanseníase. A atuação de Closeny Maria Soares Modesto, coordenadora da Rede Universitária de Combate à Hanseníase no Estado de Mato Grosso, foi essencial para o sucesso dessa pesquisa e na articulação com diversos setores da sociedade.
Além de liderar ações educativas e campanhas de sensibilização, Closeny desempenha um papel crucial no diálogo intersetorial com a Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso, promovendo ações que buscam ampliar o acesso a tratamentos e fortalecer as políticas públicas.
Essa parceria reforça que o combate à hanseníase exige uma abordagem integrada, envolvendo sociedade civil, academia e poder público para garantir que os desafios enfrentados pelas comunidades sejam tratados com prioridade.

Participação social: a base da democracia e da saúde pública
Este trabalho acadêmico não é apenas um marco científico, mas também um exemplo prático do poder da participação social. Movimentos como o MNDN e redes acadêmicas desempenham um papel crucial no controle social, previsto na Constituição Federal de 1988 e nas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).
- Artigo 198 da Constituição Federal: Estabelece o controle social como um dos pilares do SUS, garantindo que a sociedade participe ativamente da formulação e fiscalização das políticas de saúde.
- Artigo 1º, Parágrafo Único: A soberania popular legitima a atuação de movimentos sociais e redes de colaboração.
- Diretrizes do SUS: Reforçam que a gestão participativa é fundamental para assegurar o direito à saúde.
A participação social fortalece a democracia, dá visibilidade aos problemas enfrentados pelas comunidades e garante que as políticas públicas atendam às reais necessidades da população.
Resultados do estudo: um alerta para o poder público
A pesquisa revelou que a falta de medicamentos comprometeu gravemente o tratamento de hanseníase em várias regiões de Mato Grosso. Este problema, longe de ser isolado, reflete uma fragilidade estrutural nas políticas de distribuição de medicamentos.
- A denúncia: Interrupções no fornecimento de medicamentos afetam diretamente a saúde e o bem-estar dos pacientes, agravando o estigma e as consequências da doença.
- A relevância: Este trabalho acadêmico traz à tona a urgência de medidas coordenadas para enfrentar esses desafios e assegurar o acesso universal ao tratamento.

Janeiro Roxo: um mês de mobilização
Neste Janeiro Roxo, o MNDN e a Rede Universitária de Combate à Hanseníase reforçam que o combate à hanseníase vai além do diagnóstico e tratamento; ele envolve a luta por direitos, o combate ao estigma e a garantia de políticas públicas eficazes.
Embora estejamos em 2025, os problemas denunciados no estudo ainda persistem, destacando a necessidade de uma ação mais robusta e integrada para garantir que medicamentos essenciais cheguem a quem precisa.
“A saúde é um direito de todos e um dever do Estado. A mobilização social é fundamental para garantir que esse direito seja cumprido.” – Movimento Nacional das Doenças Negligenciadas e Rede Universitária de Combate à Hanseníase.
Junte-se a essa luta!
Neste Janeiro Roxo, convidamos a sociedade a se engajar no combate à hanseníase e na defesa do SUS. A participação social é um ato de cidadania e um instrumento poderoso para a transformação social.

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