A luta contra as Doenças Negligenciadas em Alagoas tem uma grande referência: Albertina, representante e pioneira do Movimento Nacional das Doenças Negligenciadas no estado. Com um trabalho incansável, Albertina tem levado informação, conscientização e mobilização para os mais diversos espaços, consolidando a causa no território alagoano.

Nesta semana, ela esteve à frente de mais uma ação essencial. A convite das lideranças do MST, Débora e Franseline, conduziu uma oficina para Agentes Populares de Saúde, compartilhando conhecimento e fortalecendo a rede de prevenção. O evento contou com o apoio da vereadora Teca Nelma, que disponibilizou panfletos informativos para ampliar a disseminação da informação sobre Doenças Negligenciadas.
Durante a oficina, Albertina enfatizou que o combate a essas doenças vai muito além dos postos de saúde: “Para se ter saúde, é preciso cuidar de si, cuidar do outro e zelar pelo meio ambiente.” O debate abordou a importância da educação em saúde nos mais diversos espaços , escolas, comunidades, grupos religiosos e áreas públicas , e destacou ações preventivas como a coleta segura de lixo e a eliminação de criadouros de mosquitos.
Além disso, surgiram propostas inovadoras, como a criação de uma exposição permanente sobre Doenças Negligenciadas nos assentamentos do MST e a implementação de salas de cuidados em praças públicas. Essas iniciativas têm o objetivo de transformar espaços comunitários em centros vivos de informação e assistência, ampliando o acesso à saúde popular.

Mas o trabalho de Albertina vai além da informação: ela também leva conscientização através da arte. Utilizando a palhiçaria como ferramenta de educação, ela consegue dialogar de forma acessível e envolvente com a população, tornando o aprendizado mais dinâmico e eficiente.
Albertina também faz parte do Comitê de tuberculose
O Movimento Nacional das Doenças Negligenciadas
O Movimento Nacional das Doenças Negligenciadas (MNDN) é uma força coletiva dedicada a enfrentar as desigualdades na saúde, unindo vozes e ações para combater doenças que afetam populações em situação de vulnerabilidade. Fundado durante o 1º Seminário Mundial das Doenças Negligenciadas, o MNDN tem como missão promover políticas públicas eficazes, fortalecer a participação social e defender o Sistema Único de Saúde (SUS).
As Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs), como dengue, doença de Chagas, leishmaniose, hanseníase, malária, esquistossomose e tuberculose, estão diretamente ligadas a fatores socioeconômicos, como saneamento básico inadequado, moradias precárias e falta de acesso a serviços de saúde de qualidade. Estima-se que 28,9 milhões de brasileiros são expostos anualmente a essas enfermidades, evidenciando a urgência de uma abordagem intersetorial que envolva não apenas o setor da saúde, mas também áreas como educação, infraestrutura e assistência social.

Estratégias para Enraizar o Movimento em Alagoas
Em Alagoas, o MNDN tem desenvolvido estratégias específicas para ampliar sua atuação. Albertina tem sido fundamental nesse processo, promovendo oficinas de capacitação para Agentes Populares de Saúde, estabelecendo parcerias com lideranças comunitárias e autoridades locais, e utilizando abordagens inovadoras, como a palhaçaria, para conscientizar a população sobre as DTNs.
Além disso, iniciativas como a criação de exposições permanentes sobre Doenças Negligenciadas nos assentamentos do MST e a implementação de salas de cuidados em praças públicas têm sido propostas para transformar espaços comunitários em centros vivos de informação e assistência. Essas ações permitem que a população tenha acesso a informações de forma contínua, promovendo a conscientização e incentivando práticas de prevenção.
A trajetória do MNDN em Alagoas reflete o compromisso do movimento em adaptar suas estratégias às realidades locais, promovendo ações que consideram as especificidades culturais, sociais e econômicas da região. Através da mobilização social, educação em saúde e fortalecimento das redes comunitárias, o MNDN busca reduzir a incidência das DTNs e melhorar a qualidade de vida das populações afetadas.
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